As Nuvens de Adriana – Representações da subjetividade - Tomo Literário

As Nuvens de Adriana – Representações da subjetividade

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A autora Adriana Gama de Araújo propõe a temática das nuvens para destacar o caráter subjetivo da interpretação da realidade

A historiadora Adriana Gama de Araújo transpassa a superficialidade da massificação, desejando por meio da simplicidade, atingir o cerne onde repousam os sentimentos de cada ser humano. Como, cada um, ao seu modo, é único, a autora propõe no seu título a utilização de gatilhos presentes no signo da palavra “Nuvem”, para fazer referência a esta subjetividade.

Nas palavras da autora: “Nuvens são alimentos de criatividade, comunicam a partir da sensibilidade de cada um, tomando a forma que o sentimento de quem as olha (as lê) permite. Com a poesia acontece o mesmo, meus poemas são minhas nuvens, mas se comunicam com o leitor a partir da sensibilidade dele”, afirma.

Para o poeta, Fernando Abreu, “a poesia de Adriana é diálogo interior, é a fonte de seu compromisso primordial, esse compromisso significa a sua sobrevivência, a libertação de um mutismo que a sufocaria”. Já para a pós doutora em história, Kyara Maria de Almeida Vieira, “o mural ofertado na poesia de Adriana, é feito com retalhos de autoria, com flocos de sentires intensos, cacos de saudade, restolhos da paixão, fagulhas de dores”.

Estes retalhos de autoria, estes flocos de sentires intensos, cacos de saudades, são trazidos pelo leitor através de simples incentivadores, como os agrupados na capa do livro, onde se percebe um transbordamento de simplicidade, pelo sol visto da janela, trazendo o aconchego da introspecção, que é melhor apreciada nos dias de chuva.

Ao mesmo tempo que o céu é ofertado através de uma janela aberta, a autora procura uma poesia que não seja meramente cotidiana, mas sim que fale de amor presente, ainda nos dias cinzentos, o que a autora deseja é um poema que se derrame sobre os homens e mulheres, e que, por meio da  mistura entre carne humana, essência da alma e a vida orgânica do solo,  adubem A Terra com vida. Sendo assim, cabe ao leito decidir se está pronto para se ancorar no cômodo de sua própria sensibilidade.


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Foto: Divulgação
Sobre a autora:

Adriana Gama de Araújo nasceu em São Luís. Historiadora formada pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), com mestrado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Escreve desde os 15 anos, quando começou a ter seu nome associado à poesia pelos mais próximos. Em 2010 criou o blog “Polén Radioativo”; e passou a ter contato com poetas e escritores do Brasil e do mundo, hábito que mantém até hoje. Em 2017 venceu o III Festival Poeme-se de Poesia Falada e o I Festival Maranhense de Filosofia (categoria: aforismo/poema). Mora em Raposa, município da grande ilha de São Luís, é professora da rede pública municipal e estadual.

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