Ao ler Cores de Indochina, do escritor Marcos Torres, publicado pela Editora Penalux, embarcamos na trajetória do personagem filósofo e andarilho Thoth Zehuti. Na medida em que a leitura avança fui anotando e destacando uma série de trechos do livro que nos servem de inspiração e /ou para reflexão. Confira quotes do livro e sinta o clima da obra:
Acho muito estranho vivermos numa sociedade que busca controlar o modo como devemos ser e agir.
Até hoje não vi uma única forma política que não fosse perversa a seus habitantes. Por que as pessoas não controlam suas próprias vidas em vez de se deixarem ser controladas pelos outros, pelas sociedades de controle para o disciplinamento e o dilaceramento dos corpos, motivadas por ações arbitrárias e brutais de toda ordem?
O tempo é inexorável. Às vezes você acaba achando que o mundo interromperá seu fluxo para você fazer as coisas, retornando em seguida quando tudo parecer mais calmo e tranquilo, e a vida continuará como se nada tivesse acontecido no meio do caminho.
As foças da natureza nos deixam com o queixo caído.
As pessoas são muito curiosas (...) Vivem sempre com muito interesse, querendo saber sobre a vida dos outros. Há uma curiosidade mórbida. Querem seguir seus passos e o movimento do seu corpo. São como lobos famintos farejando o chão ao sentir cheiro de carne.
Não tenho por que reclamar. O mundo lá fora é pior.
Talvez estivesse procurando alguma razão para um mundo sem razão. Não encontraria nenhum livro melhor do que a experiência vivida ao rés do chão.
Queria parar o tempo para que as pessoas pudessem viver enquanto a vida fizesse algum sentido para elas.
Você pode responder aos golpes lançados ao seu país e contra seus direitos e liberdades de diversas maneiras. Há muitas formas de protestar. Ou então viver a vida inteira latindo como cão, o que não resolve nada.
A resenha do livro Cores de Indochina está disponível aqui no Tomo Literário.
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