[Quotes] O Garoto Quase Atropelado - Tomo Literário


Ao ler O Garoto Quase Atropelado, livro de Vinícius Grossos, publicado pela Faro Editorial, destaquei algumas frases. Usualmente, durante a leitura, vou anotando e destacando trechos que nos fazem refletir e sentir o clima da obra. Confira.

...tenho pensado que devemos sempre viver nossos dias como  se fosse o último de nossas vidas. É meio clichê, mas é a mais pura verdade...

Sabe aquele momento em que você realmente é quase atropelado por alguma coisa e vê sua vida passando rápido diante de seus olhos, e, então, nada acontece e você está apenas lá, parado, os olhos arregalados, o medo cantando aos ouvidos e o coração martelando de forma doentia? E aí, nesse instante, você percebe que está tudo bem, você respira e é como se tivesse mais uma oportunidade. E no fim das contas, tudo se resume a apenas um sentimento: você realmente se sente vivo.

Penso o quão ruim deve ser viver em uma gaiola, seja ela do tipo que for; gaiolas físicas, gaiolas de sentimentos, gaiolas de alma. E, definitivamente, as gaiolas invisíveis que nos cercam, das quais muitas vezes nem ao menos temos consciência de que nos prensem, são as mais devastadoras.

...o fato de uma pessoa ser gay já é difícil num mundo em que tudo é voltado para os héteros, por que a sociedade têm que tornar tudo tão mais complicado? Será que não é possível conviver com as diferenças?

Ninguém é completamente feliz nesse mundo. Acho que a vida de todos é feita de coisas boas e coisas ruins. E, no final, quando as coisas ruins chegam e a gente se sente perdido e mal, as boas recordações servem para nos agarrarmos e tentarmos suportar.

Amigos podem ajudar em muitas coisas (...) mas quando encontramos uma batalha real a íntima com a vida, só nós mesmos podemos enfrentar essa luta e nos salvarmos... Não que os amigos não possam falar e tentar mostrar um caminho melhor, por assim dizer... Mas a gente só sai vencedor dessas lutas se nós próprios quisermos.

Mas o que era importante, algo mais profundo dentre todos aqueles fatos, era o que mudara dentro de mim de forma irrevogável. Eu não sabia explicar direito, mas sentia que havia amadurecido.

Como saberíamos o que é felicidade se não soubéssemos como é a tristeza? É quase como se precisássemos sentir a dor para que os momentos bons realmente valham a pena.

A vida é engraçada. Em um instante estamos pisando no chão com uma sensação de segurança, uma estabilidade reconfortante e, então, num piscar de olhos, tudo desmorona, você não consegue mais ficar de pé e só o que deseja é ter sua antiga vida de volta.

Aprendi que só é possível sofrer menos quando a gente aceita a dor e fala sobre ela.

O Tomo Literário já resenhou o livro O Garoto Quase Atropelado. Para ser direcionado(a) à resenha, clique aqui.

Boa leitura!

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